Por Michele Ferreira - Direto do Taim
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A cena é emblemática. Aves sobrevoam o banhado torrado. O quinto dia de incêndio na Estação Ecológica do Taim – uma das áreas de preservação mais importantes do País – ganha otimismo. Apesar dos mais de 4,5 mil hectares já consumidos pelas chamas, a cabeça do fogo, que chegou a 11 quilômetros de extensão, havia caído para três no começo da tarde desta sexta (16). Se as condições climáticas, em especial o vento, se mantiverem favoráveis, na direção Sul e Sudeste, a expectativa é de que o incêndio possa ser debelado até este sábado (17).
A operação é dividida em duas frentes, por terra e por ar. Dois helicópteros da Brigada Militar e da Polícia Civil complementam o trabalho dos militares que atuam no chão, munidos de abafador, soprador e bombas costais. Em comunicação por rádio, as equipes vão trocando informações para indicar onde as águas devem ser jogadas pelas aeronaves, inclusive para garantir que os profissionais possam avançar no percurso. Ao todo, 60 bombeiros estão envolvidos, mas em revezamento.
As características do local dificultam o trabalho. Para chegar até lá, a 29 quilômetros da sede da Estação, são cerca de uma hora de deslocamento apenas em veículos tracionados. E, ironicamente, para apagar as chamas que se espalham pela vegetação do banhado, os bombeiros atuam com água pela cintura; às vezes pelo peito.
Por volta das 15h30min, profissionais que atuam no combate às chamas informaram que a maioria dos focos do incêndio haviam sido encerrados. Uma última frente, no entanto, avançava em direção à lagoa Mangueira, com possibilidade de o fogo se esgotar nas próximas horas.
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